sábado, 11 de dezembro de 2010

Amigos para sempre

Depois da decisão de voltar, me peguei pensando (muitas vezes) nos amigos que "deixamos" pra trás.

Pessoas ótimas que foram nossos companheiros e confidentes por dois anos e meio. Foram nossa família, nossos irmãos.

Pensei muito sobre como ficaria nossa amizade com a distância. Se esfriaria? Morreria? Seria apenas uma lembraça distante?

Pois que na semana passada eu estive em Brasilia a trabalho. Passei uma noite por lá, e aproveitei para entrar em contato com meu roommate "australiano". Ele é brasileiro e de Brasilia, nós dividimos um apto quando morei na Australia em 2003.

Quando retornei da Australia, o contato foi dimuindo, até que praticamente não nos falamos mais. Pelo menos uns 6 anos desde a última vez que o encontrei. Mandei um email e combinei de tomarmos uma cerveja para relembrar os velhos tempos. E foi muito legal mesmo! Seis anos é muito tempo, então teve papo várias horas para nos atualizarmos das coisas.

Voltei pra São Paulo duplamente feliz. Feliz por ter encontrado um velho amigo, e feliz por me dar conta que (Ok, vai soar clichê mas la vai) as amizades verdadeiras nunca morrem nem acabam. Aos meus amigos "canadenses", deixo aqui um forte abraço com muita saudade!!! Sabemos que pode demorar um pouco para nos encontrarmos de novo, mas tenho certeza que cada reencontro será como nunca tivéssemos nos separado!

Abraços de Amigo!

Adilsinho

P.S.: Já que estou em um momento "sentimental" e meigo, deixo aqui um texto que recebi do sr. Adilson
Amigos!

Um jovem recém-casado estava sentado num sofá num dia quente e  úmido, bebericando chá gelado durante uma visita ao seu pai. Ao  conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho..

- Nunca esqueça de seus amigos, aconselhou! Serão mais importantes à  proporção que você for envelhecendo.. Independentemente do quanto você  ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre  precisará de amigos. Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles; faça coisas com eles; telefone para eles...

Que estranho conselho, pensou o jovem! Acabo de ingressar no  mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza, minha esposa e a família  que iniciaremos serão tudo o que necessito para dar sentido à minha  vida! Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e  anualmente aumentava o número de amigos. À medida que os anos se  passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava e foi  sentindo que os amigos eram os baluartes de sua vida..

Passados mais de 50 anos, eis o que aprendeu:

O Tempo passa.

A vida acontece.

A distância separa.

As crianças crescem.

Os empregos vão e vêem.

O amor fica mais frouxo.

As pessoas não fazem o que deveriam fazer.

O coração se rompe.

Os pais morrem.

Os colegas esquecem os favores.

As carreiras terminam.
 

Mas..... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estejam entre vocês. Um amigo nunca está  mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo a seu favor e esperando você de braços abertos; abençoando sua vida!

Todos nós, quando iniciamos esta aventura chamada vida, não  sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante, nem  sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Novidades? Nem tanto...

A (pequena) quantidade de posts aqui deixa claro que não tenho muitas novidades pra contar.

Acho que é meio como a história do sapo na panela quente... Se você joga o sapo em uma panela com água quente, ele sai pulando e "sofre". Se você coloca o sapo na panela com a água fria e depois coloca ao fogo, o sapo vai se acostumando e morre "calmamente".

Quando chegamos, acho que foi o pulo na panela quente. Fiquei muito triste e decepcionado (e nem sei o motivo, já deveria esperar os problemas que encontrei) com as coisas. Agora, acho que estou mais acostumado... Não que eu esteja satisfeito, mas acho que até a indignação cansa.

Quando comecei a escrever isso, era mais uma maneira de desabafar e alertar meus amigos e conhecidos no Canadá para os "perigos" de voltar. Não esperava ter leitores "desconhecidos", nunca escrevi para outras pessoas. É curioso saber que pessoas que não me conhecem leem os textos sem saber ao certo das piadas e ironias que eu coloco.

Vou me dirigir a alguns desses, que comentaram alguns posts recentemente.

Não, eu não acho que o Canadá é um mundo cor-de-rosa. Não acredito que seja o paraíso na terra (aliás, não acredito no paraíso no céu também, by the way) e que os canadenses são personagens de contos-de-fada.

Acredito sim que, com méritos próprios ou não, eles foram capazes de formar uma sociedade muito mais igualitária e humana. Disso eu sinto falta. Claro que há problemas com imigrantes, problemas internos, econômicos, enfim... Mas acho (ou tenho certeza) que é um ótimo lugar para se morar...

Felizmente fui bem recebido por amigos quando imigrei, conheci ótimas pessoas  e consegui bons empregos na minha área profissional. Tinha um padrão de vida equivalente ao daqui... Logo, teria algum motivo pra não gostar da experiência (e ter saudades)?

Sobre o último post, achei curiosa a exposição de um advogado ao defender a PEC da Felicidade. Bom, não muito a comentar aqui. Apesar de achar o "honrado" senador Cristovam Buarque um bom parlamentar, acho sim que a "nobre" lei é supérflua e desnecessária. Acho que é o tipo de legislação que cairia como uma luva em um discussão do parlamento sueco ou dinamarquês.

Nosso parlamento é conhecido pela sua ineficiência e pouca produtividade. E o pouco que se faz em ano eleitoral (menos de 6 meses de trabalho real) é uma lei desse tipo??? Por favor, como se não houvessem outros problemas maiores para resolver!

E uma pela outra, a gente nunca sabe se a lei "vai pegar"... Vai que a da lei da felicidade "não pega"?